Planejamento e Coordenação das Operações

 

 

A RioSaúde (Empresa Pública de Saúde do Rio de Janeiro) e a UFRJ, através de um contrato com a Fundação Coppetec, criou e implementou um modelo de operação para Centros Cirúrgicos de Hospitais Públicos voltados majoritariamente para cirurgias eletivas. Este Modelo foi implementado no Hospital Municipal Lourenço Jorge (HMLJ).

 

Inicialmente trabalhamos com o seguinte modelo:

 

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Por definição a “Demanda SUS” foi considerada infinita em função das filas dos hospitais / sistemas públicos do Município do Rio de Janeiro. Na época as listas de espera dos hospitais municipais não eram informatizadas permitindo, por exemplo, que uma paciente se encontrasse em mais de uma lista (de 2 hospitais).

 

O Modelo foi composto por 4 sistemas:

O primeiro sistema é um sequenciador desenvolvido por uma empresa holandesa a partir das especificações do projeto que, usando diversas informações, gera os mapas cirúrgicos;
O segundo é um sistema de gestão hospitalar voltado para a gestão de leitos, por exemplo. Este sistema liga o centro cirúrgico ao hospital;
O terceiro é um sistema de mensageria voltado para o envio de informações para diversos atores tais como, médicos, pacientes acompanhamentos dentre outros;
O quarto é um sistema organizacional chamado de bate mapa (ver figura abaixo). Este sistema discute previamente os recursos necessários para um determinado mapa futuro.

 

 

Os processos do hospital foram modelados tal como no exemplo a seguir:

 

 

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Tanto os processos ditos operacionais quanto os ditos decisórios foram remodelados e se tornaram a espinha dorsal dos sistemas.

 

Várias regras de sequenciamento foram testadas e implementadas no sequenciador. A figura abaixo ilustra uma delas:

 

 

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Neste caso temos o sequenciamento de 18 cirurgias em 4 salas (a sala 3 era destinada para as emergências) priorizando o maior tempo de processamento (cirurgias mais longas primeiro) e sem blocos (as especialidades não tinham blocos / salas pré-definidos).

 

 

Vários cenários eram testados antes da decisão das regras e das lógicas (blocos) mais adequadas ao caso serem definidas.

 

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Vários indicadores eram monitorados em tempo real. A seguir temos a taxa de utilização de um hospital paulista (SUS sob gestão de um filantrópico) antes de uma intervenção como a feita no HMLJ. Perceber que há uma média de utilização decrescente em 2017.

 

 

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Temos a seguir dois indicadores que demonstram o sucesso do projeto no HMLJ.

 

 

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Este Modelo é inovador e único nos hospitais brasileiros, públicos e privados. 

Pelo lado da UFRJ este projeto foi coordenado pelo Prof. Heitor M. Caulliraux. Para maiores informações ver: